OLHO POR OLHO, quarto espetáculo do Grupo Raiz, estreia dia 05 de outubro no teatro do Centro Cultural da Justiça Federal – um espaço mais que oportuno para um trabalho que elegeu como temática central a relação entre o mal e a justiça. O texto e a atuação são de Rohan Baruck, e a direção de Rogério Fanju.
A peça lida com a presença constante da morte, literal e metaforicamente. Através da história de uma guerra entre duas aldeias, em que um pai tem o filho morto em seus braços, OLHO POR OLHO trata não somente da destruição física – vidas humanas, cidades ou terras. Mas da destruição pessoal, social e emocional dos que não morreram – pelo menos fisicamente.
“Olho Por Olho é um épico, que muito me faz lembrar as clássicas tragédias gregas, contado por um guerreiro maduro que, conforme narra, sofre metamorfoses através da provocação de outros personagens que vivem no limite da selvageria. Esta é a narrativa cênica elaborada: nas fronteiras entre a humanidade e a animalidade. (…) O quão alguém pode ser atingido profundamente na alma e no inconsciente ao se colocar no lugar do outro? Faço parte do grupo dos “últimos românticos” que acreditam que só é vivo quem ama… quem dá movimento ao amor.”, afirma o diretor, Rogério Fanju.
A montagem é resultado da pesquisa do ator e dramaturgo Rohan Baruck que, desde 2015, desenvolve um trabalho work in progress acerca do pensamento de Antonin Artaud, orientado pela especialista Doutora em Artes, Maria Cristina Brito. Este projeto de pesquisa foi o único representante do Estado do Rio de Janeiro selecionado, entre 241 inscritos, para o 7º Festival Nacional de Teatro do Piauí, com apresentação única (do processo) em setembro de 2018.
SINOPSE
Num lugar e tempo indeterminados, um guerreiro cria seu pequeno filho para ser o mais forte da aldeia, capaz de proteger seus líderes e defender os interesses do povo. Mas, com a aldeia em guerra, acontece um ataque inesperado e o pequeno morre nos braços do pai. O assassino é capturado e, enquanto aguarda o julgamento da tribo, recebe a visita do pai em luto, que fica estarrecido ao ver quem foi o responsável pela morte de seu filho.
A MONTAGEM
Na encenação de Rogério Fanju, a construção da narrativa cênica está dividida em capítulos, como num livro. A palavra e o corpo do ator se desdobram dando vida tanto a diferentes personagens da trama quanto a um narrador.
A ação se passa em lugar e tempo indeterminados. O figurino de Catia Vianna veste o ator como um guerreiro, com peles e couros misturados a elementos contemporâneos. A cenografia de Carla Costa desenha um ambiente árido, talvez desértico, onde predominam os tons terrosos. A caracterização é de Tainá Lasmar, a trilha original de Daniel Carneiro, a direção de movimento de Agatha Duarte e a preparação vocal de Jane Celeste.
FICHA TÉCNICA
TEXTO E ATUAÇÃO: Rohan Baruck
DIREÇÃO: Rogério Fanju
ORIENTAÇÃO DE PESQUISA: Maria Cristina Brito
DIREÇÃO DE MOVIMENTO: Agatha Duarte
PREPARAÇÃO CORPORAL: Fernanda Dias
FIGURINO: Cátia Vianna
CENOGRAFIA: Carla Costa
CARACTERIZAÇÃO: Tainá Lasmar
HAIR DESIGN: Alexx_Hair
ILUMINAÇÃO: Leysa Vidal
TRILHA SONORA ORIGINAL: Daniel Carneiro
PREPARAÇÃO VOCAL: Jane Celeste
COSTUREIRA: Regina Oliva
SAPATEIRO: José Luiz Rodrigues
OPERADORA DE SOM: Nilda Andrade
FOTOS (PALCO): Rosuel Bezerra
FOTOS (ESTÚDIO): Tainá Lasmar
IDENTIDADE VISUAL: Rhuan Souza
MÍDIAS SOCIAIS: Curtas Produções
DIRETOR DE PRODUÇÃO: Rohan Baruck
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Gérsica Telles
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Rafael Sousa
ASSESSORIA DE IMPRENSA: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
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