Essa vontade grande de investigar o humano. As expectativas em busca de uma ilusória aprovação social – e as consequentes frustrações inevitavelmente associadas a essa busca. O corpo relato que vira personagem: ela no papel, ela no palco, nos convidando pra caminhar sua trajetória juntos, em uma espécie de “jornada da anti-heroína”. A casa arrumada por fora, e em chamas por dentro. Não mais se reconhecer em sua “bolha”, viver com intensa humanidade todos os instintos que a atravessam, de um extremo ao outro, luz e sombra. Reconhecer cada fragmento desses como parte de si, como algo inerente ao humano – refletindo uma ruptura especialmente da figura da mulher, que se entende livre e desobrigada de qualquer expectativa social.
E ainda assim, também olhar para o seu lugar, para os nossos privilégios e abismos sociais, e tentar entender onde a gente se conecta com realidades aparentemente distantes. Olhar para o outro. Que também é olhar para si. É parte de si. É fragmento.
Empatia. Talvez tudo seja sobre empatia.
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vilar.denise –
Belíssimo texto e interpretação
vilar.denise –
Texto e interpretação sensíveis e muito bem estruturados.